Lisboa sob a chuva.
A alma é outra. Aqui me encontro eu.
Venho de longe com sede e deserto.
Caminho horas para ver o real.
É quando o silêncio pesa.
São Domingos sabe a desventura.
Morrem os ruídos, retornam as Naus.
Lisboa é voz e olhos mansos.
Quando não há lugar no mundo
Como as tardes do Terreiro do Paço.
Nem língua mais lírica e azul.